terça-feira, 21 de dezembro de 2010

enquanto assim for...

Os dias passam e a saudade perdura. A ansiedade sufoca-me, a tua imagem continua-me a atrapalhar sem querer. O teu cheiro persegue-me, a tua voz insiste em ficar na minha mente. 
Sensações, sentimentos, palavras que me controlam sem uma razão lógica, sem uma justificação digna. Às vezes sinto me insegura, sem quaisquer garantias, mas mesmo assim sei que tudo isto não me incomoda, não me assusta, nem me faz recuar…
É incrível como nem sempre o tempo é essencial no que podemos sentir, no que podemos simplesmente pensar… o tempo realmente não foi muito até construirmos esta cumplicidade que ambos partilhamos. Nada disto pode ter sido por acaso, mas também não precisa ter uma razão, não é verdade?
Admito que evito pensar muito, tenho receio de estragar, de simplesmente errar em algo. É estranho para a pessoa que sou, que sempre fui, mas tu ensinaste-me a lidar assim, e assim lidarei enquanto estiveres aqui.
Todos os dias quando amanhece, rendo-me ao mais puro pensamento que me guia até ti. Parece outro mundo… mundo só teu, onde me perco nos pensamentos e recantos onde só tu brilhas… pode parecer estranho, mas eu desejo que perdures a todo o instante na minha mente. Desejo-o sem hesitar, desejo-te por perto, desejo um carinho ou um mero olhar vindo de ti.
Não tenho uma justificação para te dar em relação a isso… por mais que negue, sei que já começas a fazer parte, a tua presença é constante, as tuas palavras são especiais, o teu jeito é eterno no meu olhar, o teu toque mexe comigo e simplesmente não dá para negar… porque tu já és parte da verdade que me faz ter a certeza.
Independentemente do que pensas desde que entrei na tua vida, independentemente do que possas vir a fazer ou a sentir, eu sei que neste momento não sou capaz de te deixar ir. E o que tiver que ser, o que tiver que acontecer… será e acontecerá! 

sábado, 4 de dezembro de 2010

São duas horas, e eu queria estar a dormir. Mas tu insistes em permanecer na minha cabeça como uma canção na rádio. E tudo o que eu simplesmente sei é que eu tenho que estar perto de ti... sim eu tenho que estar perto de ti.
Fico aqui sentada, fico aqui transformando estes minutos em longas horas... tento acalmar os meus nervos, tento não transparecer este nervosismo miudinho que me consome por dentro, tento não falar de emoções, tento não pensar muito. 
Talvez sejamos amigos, talvez sejamos mais... talvez seja apenas a minha imaginação.
Mas não importa... assim sinto-me bem, assim sinto que não vais voltar atrás.
Quando estás por perto sinto-me nervosa, as palavras custam a sair. Quando falam de ti, fico sem reacção, tento mostrar me  indiferente ao que dizem. Quando sorris, mostras me sempre que há algo mais para além do que vejo. 
Sempre há algo mais... Há sempre uma palavra que ainda não foi dita, um gesto que ainda não foi mostrado, um olhar que se recusa a encarar o outro...Ocultamos sentidos , fingimos que não há, deixando os dias perdidos entre cá e lá... 
Sorrisos e  palavras. Olhares e gestos. Histórias e verdades. É isso que simplesmente encaramos aqui, sem pensar no que vamos deitar fora no amanhã. Fazemos de conta que é comum o que realmente existe, que olhamos como toda a gente, que apenas é vulgar, e não diferente