segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

quero-te no hoje...

Aqui estamos nós, cara a cara, mais uma vez. Fingimos cortar o silêncio com simples beijos, com simples aconchegos. E me pergunto constantemente, quem será o primeiro a dizer o que nós dois sabemos. Estamos permanentemente presos ao que "poderíamos ter sido", enquanto que de facto, e o que seria mais sensato nesta altura, era deixar ser, deixar acontecer, deixar o coração ultrapassar os limites.
Parece que estamos a milhas de distância, mesmo estando tu deitado do meu lado, mesmo estando o teu corpo junto do meu, mesmo estando os teus braços a envolver-me...sinto-me segura é verdade, mas nem assim encontro as palavras para o dizer, nem mesmo assim consigo arranjar uma forma de fazer isto certo. Realmente fazemos a nossa parte mas parece que estamos a fingir e eu não consigo esconder as lágrimas, porque mesmo contigo aqui, continuas a parecer que estás a milhas de distância de mim.
Tento esconder o que realmente me vai na mente, abraço-te como se fosse a última vez, beijo-te como se fosse o último beijo, olho-te hoje quando as forças ja se esgotaram, para não ter que te negar no amanhã... tu não sentes, tu não vês, mas o meu coração continua a chamar-te no silêncio das minhas lágrimas, continua a dizer "não desistas apesar de tudo", continua a confiar em ti. 
Quero acreditar no hoje e não no amanhã. Quero acreditar que hoje estás disposto a isto...porque eu não quero ter que olhar mais além, não quero ter que ir aonde tu não me possas seguir.

"Leva-me para longe desta batalha, preciso de ti para poder contigo brilhar..."

domingo, 13 de fevereiro de 2011

às vezes...

Às vezes as simples coisas passam-nos completamente ao lado. Às vezes um simples gesto fica perdido entre o ficar e o ir. Às vezes uma simples palavra é tão fácil de dizer, mas tão difícil de tocar o outro. Às vezes um simples sorriso vale mais do que aquilo que realmente pensamos... E porquê? Porque é que às vezes é assim? E não pode ser sempre ao contrário? De facto damo-nos conta que nem tudo é pensado ao pormenor, nem tudo é planeado com rigor, com as melhores das intenções. Acabamos por magoar, por desiludir, por não nos importarmos pelo que quem está ao nosso lado sente, quer ou pensa. Acabamos por fazê-lo deitar lágrimas desnecessárias... lágrimas que podiam ser sorrisos, palavras , ou um simples abraço. De facto há coisas que nos confundem, que nos deixam sem rédeas, que nos tornam vulneráveis. Mais vulneráveis do que poderíamos imaginar...vulneráveis ao ponto de desistir, de dizer "chega", de deixar tudo para trás... ou simplesmente (e o que acontece na maioria dos casos) vulneráveis ao ponto de deixar de se importar com o que lhe rodeia, negando a toda a hora que as coisas não mudaram, fingindo que está tudo bem, quando realmente existe um peso na consciência que diz "não, não está tudo bem"... Realmente nem tudo é fácil de encarar, nem tudo é fácil de explicar, nem tudo é fácil de lidar. São simples coisas que nos temos que adaptar, que temos que nos mentalizar, se realmente queremos que dê certo. Encarar tudo de frente sempre foi o lema, encarar a realidade não é obrigação, mas sim a opção. Desistir, não. Reagir, sim. 

"É isso que tens que ser capaz..."